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Criação de identidade: Afonso Gallindo

O projeto da oficina nasceu em 2001 e no decorrer do tempo vem se aprimorando e já comprovou sua grande capacidade de adaptação. Consiste no processo de sensibilização, de descoberta dos signos e processos existentes em cada participante e de como conduzi-los para o roteiro, passando pela descoberta consciente do som e de sua importância na narrativa, bases de enquadramento e de planos. Nela, além de exercícios práticos, que proporcionam ao participante descobrir o seu processo de audiovisual, são feitas exibições de audiovisuais e debates. Co o passar do tempo, percebi o potencial de flexibilidade desta oficina e passei adotar então temas centrais, como fotografia, lixo, restrição auditiva e visual, instrumentação para professores.  Desde de sua criação, o maior número de oficinas aconteceu em Belém, com público e temas distintos. Aconteceram também edições em Marabá, Altamira, Canaã dos Carajás, Parauapebas e no estado de Goiás, a convite do Festival  Ambiental de Goiás (2010).

Criação de identidade: Afonso Gallindo

Um desdobramento que culminou numa instalação que aconteceu em 2015 no bairro da Terra Firme, em Belém. Recebemos o convite para ministrarmos a oficina do Ponto de Memória da Terra Firme, que contava com apoio do Museu Emílio Goeldi e aconteceu na unidade na perimetral, onde fica localizado o bairro. A oficina seria ministrada para membros do Ponto de memória e técnicos do Museu. O tema central seria o aspecto memória, carro chefe da proposta, pois seria voltada a iniciar o processo de instrumentação para pessoas da comunidade para registro da membros da comunidade. Mais um outro aspecto chamava muito a atenção: O Lixo. Não somente o que se acumulava na via principal de acesso ao bairro, mais também a forma de como era tratado naquela unidade do Museu.  Com tempo exíguo e dois desafios grandes, propomos então um resultado, que seria a Instalação ENCANTADOS. Trabalhamos durante a oficina o tema lixo, fazendo atividades de visitação a área externa da unidade, ou seja, a pista de acesso ao bairro e também visita a área destinada para centralização do lixo dentro da unidade. Incrementamos a proposta utilizando audiovisuais que abordavam o tema lixo nos rios e mares.     

Após o processo de sensibilização e utilizando um celular como ferramenta de captação, propomos então um resgate da memória ambiental da região, então materializada nas árvores nativas no local e já totalmente urbanizada. Cada um dos participantes escolheu um   espécime arbóreo e o encarnou, mesclando oralidade e encantaria,próprios da cultura amazônica paraense. Feita a pesquisa do exemplar escolhido e suas características, eles “incorporaram” esse perfil e foram captados pelo celular. Trabalhamos então pequenos vídeos, hospedamos na internet e criamos Q. Code, conceito já amplamente trabalhado em publicidade e em alguns processos de realidade aumentada. Foram criadas peças com a provocação, impressos em adesivos e colocadas em pontos distintos do bairro.  

Criação de identidade: Afonso Gallindo
Material de divulgação / Arte: Afonso Gallindo

Outro desdobramento da oficina. Neste caso, buscando atender deficientes visuais e auditivos. A partir da experiência vivida por Aline Corrêa, profissional de larga experiência na área de Audiodescrição, que participou de uma das edições do Audiovisualmente Falando, surgiu em 2016 esta proposta.  Somamos experiências e resultou neste projeto, que confesso, para mim uma experiência ímpar. Voltado para deficientes e não deficientes, a oficina aconteceu no Fundação Cultural do Estado do Pará. Infelizmente, não tivemos resultados concretos, ou seja, um produto audiovisual. Mas, proporcionou a oportunidade de discussão e reflexão de outras abordagens necessárias e que atendam a um legue de público mais diversificado, de forma democrática.  

Participantes da oficina em 2016

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© 2022 por Afonso Gallindo

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